Direito de Família na Mídia
Em um ano, Espírito Santo tem 44 adoções a menos
15/02/2016 Fonte: Gazeta Online
As adoções caíram de 121 em 2014 para 77 no ano passado, segundo a Justiça
Uma caminhada que inclui uma série de documentos, entrevistas e avaliações psicossociais – aliada às preferências dos futuros pais adotivos – faz com que crianças e adolescentes de todo o país continuem sem serem acolhidos em um novo ambiente familiar.
Enquanto em 2014 foram realizadas 121 adoções no Espírito Santo, no último ano esse número foi reduzido para a marca de 77 – ou seja, 44 crianças e adolescentes a menos tiveram a oportunidade de serem adotadas. Entre as 77, nove foram adoções internacionais. É o que indicam os dados solicitados por A GAZETA à Comissão Estadual Judiciária de Adoção do Espírito Santo (CEJA).
Ainda assim, muitos pais encontram-se empolgados para realizar adoções, e suas histórias de vida demonstram a importância desses vínculos para os futuros filhos. É o caso do casal Bryce Caniçali e Sangoold de Souza. Bryce, que é rainha de bateria no carnaval capixaba, adotou a pequena Gleicy, de sete anos. A história começou como um apadrinhamento afetivo. Agora, a menina já faz parte da família. É oficialmente filha dos dois.
“No início do processo, a Gleicy não estava disponível para adoção. Aí ficamos como padrinhos afetivos e acabamos descobrindo que, realmente, éramos pais dela”, relembra Bryce.
Para Souza, marido de Bryce, é necessário que os candidatos a pais adotivos tenham um olhar também voltado às crianças mais velhas.
“Eu quero que as pessoas vendo a nossa história tomem coragem e procurem a Vara da Infância e Juventude do seu município. Essas crianças precisam de amor e carinho e temos que oportunizar também a adoção de crianças mais velhas”, defende.